O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) recuou após desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sessão na Comissão de Segurança da Câmara. Em discurso nesta quinta-feira (10), ele afirmou: “Um cristão não deve desejar a morte de ninguém [...] reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas.”
A fala original, feita na terça (8), gerou forte repercussão. “Eu quero mais que o Lula morra, que vá para o quinto dos infernos”, disse o parlamentar, acrescentando: “Nem o diabo quer o Lula [...] tomara que ele tenha uma taquicardia.”
A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou o caso à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República, apontando possível incitação ao crime e ameaça, e determinou a abertura de procedimento interno. A medida visa proteger as instituições e o Estado Democrático de Direito.
Até mesmo aliados criticaram Gilvan. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a fala como “reprovável”.
Gilvan é relator de um projeto que propõe o desarme da equipe de segurança do presidente. O texto já foi aprovado na comissão e aguarda votação em plenário.